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A queda que não estava nos planos

🧓 Uma queda pode parecer simples, mas dentro de um hospital, ela pode ser o início de um fim. Fraturas, sangramentos, medo, perda de autonomia e até óbitos podem ser consequências silenciosas quando um paciente cai durante a internação.

A Meta Internacional de Segurança do Paciente nº 6 — *Reduzir o risco de danos ao paciente decorrentes de quedas* — não é sobre impedir que alguém tropece, mas sobre prevenir que o cuidado se transforme em tragédia.

A prevenção de quedas começa na admissão e se estende a cada detalhe do cuidado: do calçado ao corrimão, da iluminação à sinalização.

📌 O que a Meta 6 propõe?

✅ Avaliar o risco de queda de todos os pacientes na admissão e periodicamente;
✅ Adotar medidas de prevenção conforme o nível de risco identificado;
✅ Garantir ambiente seguro: iluminação adequada, barras de apoio, sinalização de piso molhado;
✅ Envolver a família e o paciente na prevenção;
✅ Monitorar e analisar quedas para melhorar continuamente os processos.

⚠️ Quando o chão falta sob os pés

📉 Estudos indicam que quedas são responsáveis por até 70% dos incidentes com danos em hospitais de longa permanência.

🛑 Em 2022, uma idosa internada em um hospital no interior de São Paulo caiu ao ir ao banheiro sem acompanhamento. Sofreu fratura de fêmur e teve complicações pós-operatórias que evoluíram para óbito.

❗ Muitos desses eventos ocorrem à noite, em pacientes desorientados, com alterações neurológicas, uso de benzodiazepínicos ou desequilíbrio postural.

Mas cada queda é um alerta: houve falha na vigilância, na estrutura ou na comunicação. Quedas são evitáveis.

🚧 Desafios enfrentados para atingir a meta 6 (quedas):

❌ Falta de avaliação de risco estruturada;
❌ Desconhecimento da equipe sobre protocolos de prevenção;
❌ Déficit de pessoal para acompanhar pacientes dependentes;
❌ Cultura que subestima a gravidade da queda;
❌ Ambientes inseguros e desatualizados.

🌟 Boas práticas que salvam vidas:

📊 O Hospital Moinhos de Vento implementou um protocolo com alarme de leito e avaliação diária de risco com redução de 50% nas quedas em idosos;
🦶 O Hospital Santa Marcelina padronizou o uso de calçados antiderrapantes para pacientes com mobilidade reduzida;
👨‍👩‍👧 O HC da USP incluiu familiares em treinamentos e rondas de prevenção, com materiais educativos simples e eficazes.

🙋‍♂️ Lições para o Paciente e Familiares:

🚶‍♂️ Peça ajuda para se levantar, mesmo que pareça simples;
🧦 Use calçados fechados e antiderrapantes no hospital;
📢 Informe se o chão estiver molhado ou escorregadio;
💬 Compartilhe se sentir tontura, fraqueza ou visão turva;
👁️‍🗨️ Observe se há barras de apoio e iluminação suficiente — segurança também se vê.

🔚 Conclusão:

🛑 Nenhuma queda é trivial dentro de um hospital. Cada uma delas carrega uma dor evitável, um trauma que poderia não existir.

👣 Prevenir quedas é respeitar o passo do paciente, sua fragilidade e sua dignidade. Segurança também é equilíbrio — emocional, físico e estrutural.

🧠 E lembre-se: o chão do hospital deve ser base de cuidado, não armadilha.

📚 Fontes consultadas:

– Organização Mundial da Saúde (WHO). Falls prevention in older age.
– ANVISA. Protocolo de prevenção de quedas em serviços de saúde.
– Ministério da Saúde – Notificações de quedas no NOTIVISA e e-SUS.
– Estudos de caso: G1, Folha de SP, Rev. Bras. Geriatr. Gerontol.

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