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🚨 Mutirão de Catarata em SP: Quando o Sistema Enxerga Mal a Segurança do Paciente

✨ Introdução:

Outubro de 2024, Taquaritinga, interior de São Paulo. O que deveria ser um mutirão de catarata — oportunidade de restaurar a visão e a autonomia de dezenas de pessoas — terminou de forma devastadora. Doze pacientes saíram da sala cirúrgica com complicações oftalmológicas graves. Alguns perderam completamente a visão em pelo menos um dos olhos.
O motivo? Um erro grave: um produto químico de limpeza foi utilizado no lugar da solução oftalmológica. A tragédia ganhou os noticiários, gerou comoção pública e promessas de apuração. Mas será que estamos olhando profundamente para esse problema?

📌 Contextualização ou Definição:

Mutirões cirúrgicos são estratégias de acesso, mas exigem estrutura rígida de segurança. Erros como o ocorrido em Taquaritinga não são acidentes imprevisíveis — são falhas sistemáticas em processos frágeis. A literatura científica mostra que ambientes ambulatoriais exigem os mesmos padrões de segurança de um centro cirúrgico.

📊 Dados e Evidências:

Casos semelhantes ocorreram em Parelhas (RN), com perda do globo ocular em 9 pacientes, e no Amapá, com mais de 100 casos de complicações.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia publicou diretrizes rigorosas para evitar tragédias como essas.
Estudos nacionais estimam que 90% dos eventos adversos em cirurgias ambulatoriais são evitáveis.

⚠️ Problemas Comuns ou Desafios Encontrados:

  • Falta de rotulagem visível nos frascos;
  • Uso de substância incolor confundida com soro;
  • Inversão da ordem dos procedimentos cirúrgicos;
  • Equipes pressionadas por produtividade;
  • Cultura de segurança frágil;
  • Falta de supervisão e checagens duplas.

✅ Recomendações e Boas Práticas:

🏥 Tratar mutirões como operações de risco elevado;
📋 Garantir rotulagem clara e distinta de substâncias;
🔍 Implantar protocolos de checagem dupla e auditorias ativas;
👥 Manter o Núcleo de Segurança do Paciente atuante durante todos os procedimentos;
🧪 Utilizar soluções com coloração padronizada para evitar confusões;
📚 Garantir capacitação contínua das equipes envolvidas.

👥 Implicações para Pacientes e Profissionais:

Pacientes que esperavam cura, saíram com sequelas. Profissionais ficaram emocionalmente marcados. O sistema de saúde perdeu confiança. Todos perdem quando a segurança é negligenciada — inclusive o próprio SUS.

🎯 Conclusão:

Mutirões não são eventos festivos: são procedimentos cirúrgicos sérios e de alta complexidade. Precisam de vigilância, estrutura, responsabilidade e protocolos vivos. A diferença entre soro e clorexidina pode parecer invisível, mas o impacto de um erro como esse é devastador e irreversível.

📚 Referências e Links Úteis:

  • Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)
  • ISMP Brasil – Institute for Safe Medication Practices
  • Nota Técnica nº 31/2023 – Anvisa
  • Estudos e Diretrizes do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP)

🔖 Tags e Categorias:
Segurança do Paciente, Erro Médico, Cirurgia de Catarata, Mutirão, Eventos Adversos

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